Bia Figueiredo terminou na 22ª posição nas duas rodadas da Firestone Twin 275s, válida pela sexta etapa do campeonato da Fórmula Indy. A corrida foi disputada na noite do último sábado, no circuito oval Texas Motor Speedway, que tem a pista mais inclinada do calendário (cinco graus nas retas e 24 graus nas curvas), e onde, pela primeira vez na história, correram 30 carros, acelerando a mais de de 350 km/h .
Na primeira prova de 114 voltas, ela largou da 24ª posição. Na segunda prova, com grid decidido em sorteio que se revelou uma atração a mais no espetáculo e agradou ao público, Bia Figueiredo saiu da 15ª posição. Altamente veloz e competitiva na pista de 1,5 milha ( 2,4 quilômetros ) que os carros da Indy percorrem em 20 segundos, essa corrida costuma ter vários acidentes e sempre termina com poucos carros na mesma volta.
Mas, desta vez, 28 carros completaram a primeira rodada e os 30 carros chegaram ao fim da segunda. Apenas 12 pilotos fizeram as 114 voltas da primeira prova. Bia fez 112. Na segunda prova, 11 pilotos completaram os 114 giros. Bia fez 113. Ela fez dois pit stops nas duas corridas. Mas a segunda parada da segunda prova frustrou a estratégia da pilota (desde a etapa de Indianápolis sob comando de Robbie Buhl, sucessor de Dennis Reinbold). Não houve bandeira amarela, agitada apenas uma vez na primeira corrida, e Bia teve que voltar ao pit a poucas voltas do fim, quando havia chegado ao 12º lugar, entre ultrapassagens e posições herdadas.
“Eu nunca havia andado no Texas. É um oval bem diferente de todos que conhecia. Não é uma corrida fácil, por causa da inclinação da pista e do tráfego do começo ao fim. A gente anda o tempo todo com o pé no acelerador. Se você perde um ou dois segundos por volta, em dez voltas o líder ultrapassa seu carro. É uma corrida de detalhes que fazem a diferença mais do que em todos os ovais que eu já conhecia. Mas é muito divertida”, Bia comenta. Ela protagonizou mais de 50 trocas de posição em cada prova, ultrapassando e sendo ultrapassada dezenas de vezes.
“Na primeira corrida, meu carro não estava bem balanceado, não tínhamos velocidade e fomos perdendo aderência. Na segunda, continuamos sem velocidade, mesmo com um acerto bem mais agressivo, e o carro ficou dianteiro no tráfego. Com umas 50 voltas, os pneus começam a esfarelar, o ritmo cai, nós arriscamos ficar na pista, mas não teve bandeira amarela e tive que fazer um splash and go e trocar os pneus. Quando saía do pit, o Ryan Hunther-Reay entrou e tive que parar, perdendo mais uns quatro segundos”, resume a pilota da Ipiranga Racing, que retornou na 23ª posição e concluiu a prova na 22ª.