O que parecia uma corrida complicada, com uma largada acidentada a exemplo da abertura da temporada na semana passada em Melbourne, acabou se constituindo no melhor resultado de Bruno Senna na Fórmula Um e da Williams nos dois últimos anos. Com uma atuação elogiada e sem cometer erros numa prova traiçoeira, que alternou momentos de chuva intensa a ponto de ser interrompida por quase uma hora até secar e permitir a utilização dos pneus lisos, Bruno terminou o GP da Malásia na 6ª colocação e garantiu oito pontos para a equipe – quase o dobro dos cinco que a Williams acumulou em toda a campanha do ano passado.
Bruno estreou pela precária HRT em 2010 e disputou as últimas oito etapas de 2011 pela Lotus Renault. O 9º lugar no GP da Itália era até agora deu resultado mais expressivo. “Foi bom demais!”, comemorou Bruno, que chegou a cair para a última posição nas primeiras voltas depois de ser obrigado a entrar prematuramente nos boxes para trocar o bico do carro, danificado em toque com o companheiro Pastor Maldonado pouco depois da largada. “A lateral também foi atingida, mas felizmente o carro não perdeu rendimento e pude fazer uma corrida agressiva e com muitas ultrapassagens”, continuou.
Bruno reconheceu que o tradicional mau humor climático da região do autódromo de Sepang acabou conspirando a seu favor. “Meu carro estava bom nas duas condições da pista, mas é claro que seria muito mais difícil avançar na corrida no seco. Estou muito contente porque nos recuperamos do início ruim na Austrália”, disse Bruno, cuja habilidade no asfalto molhado é conhecido desde os tempos de início de carreira na Fórmula Três inglesa.
O desempenho de Bruno e de seu companheiro Pastor Maldonado, que largou em 11º e andou frequentando a zona de pontos mas foi obrigado a fazer uma parada extra nos boxes depois de passar direto pela garagem da equipe em função da má visibilidade e depois abandonaria com um problema no motor, comprova a evolução da Williams. Bruno disse que não ficou surpreso com a performance na Malásia. “Nosso carro é competitivo. Agora, temos de continuar trabalhando para melhorá-lo, procurar largar mais à frente do grid para evitar os riscos de acidente na largada e com isso fugir das confusões.”
Foto: Williams F1/MF2/Divulgação.