Não houve surpresa nas Seis Horas de Spa, abertura da supertemporada do Campeonato Mundial de Turismo (FIA WEC ). As favoritas Toyota não negaram fogo, fizeram uma dobradinha mais do que esperada, capitaneada por Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima, e deixaram a luta pelo terceiro lugar como maior atração da etapa da Bélgica. E coube a Bruno Senna e seus companheiros da Rebellion Racing, o alemão Andre Lotterer e o suíço Neel Jani, a honra de ocupar a última vaga no pódio.
A Rebellion comemorou também a vantagem na luta contra as equipes adversárias que usam motores não-híbridos. Jani largou em segundo, ao lado de Buemi por causa da punição aplicada ao segundo carro japonês depois do treino classificatório, e o Oreca-Gibson da organização suíço-britânica andou boa parte do tempo na segunda posição, antes que o Toyota castigado pela largada dos boxes reconstituísse a relação de forças ditada pelo atual regulamento dos protótipos da divisão LMP1.
Senna, o segundo a ocupar o cockpit, disse que o trabalho dos pilotos do carro número 1 foi mais duro que o resultado final poderia sugerir – eles terminaram uma volta à frente dos parceiros da Rebellion. “Tivemos muitas dificuldades ao longo da corrida, duas paradas extras por causa de um problema com a antena da FIA, e numa delas perdemos bastante tempo”, explicou. O terceiro lugar, no entanto, foi bem recebido. “Fizemos o que era possível dentro das circunstâncias”, resumiu o brasileiro, campeão mundial da LMP2 no ano passado.
O campeonato voltará a ser movimentado no mês que vem com a primeira das duas edições das 24 Horas de Le Mans – a de 2019 fechará o calendário. Antes disso, Bruno estará em ação numa sessão de testes em Monza (Itália), a última oportunidade para trabalhar no desenvolvimento do carro para a mais aguardada prova deste ano.
Texto:Márcio Fonseca-Divulgação.
Fotos:MF1/Divulgação.