Por Robério Lessa – EXCLUSIVO – Em 2014 o Autódromo Virgílio Távora, localizado na cidade do Eusébio, no Ceará, por meio da Federação de Automobilismo do Estado do Ceará (FCA), que responde pela administração da praça esportiva, deixou de receber competição oficial de motovelocidade com motos superior a 400 cilindradas.
A FCA comunicou à Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), que somente autorizaria as provas caso a CBM homologasse a pista, o que na prática retira a responsabilidade da FCA sobre a autorização para a realização de corridas com motos de maior cilindrada.
A CBM fez uma série de exigências para a homologação da pista cearense. Foi a partir deste momento que entrou em ação Federação de Motociclismo do Estado do Ceará (FMC), através da Comissão de Motovelocidade, responsável por articular vários pilotos a fim de viabilizar o que exigira a CBM.
Para a realização do Fast 1000 GP, em primeiro de fevereiro de 2015, a empresa Sonobom doou várias colunas de espuma especial usada em outros autódromos, que foram colocadas em áreas estratégicas, a fim de conter motos e pilotos em caso de queda, além disso, foram arrancados três cajueiros junto ao muro do autódromo (com devida autorização de autoridades ligadas ao meio-ambiente e à prefeitura do município do Eusébio), ampliadas áreas de escape e espalhada a brita de forma mais uniforme e colocados 900 novos pneus, devidamente amarrados, junto às defensas metálicas (guard rail) e muretas de proteção.
Israel Lisboa, organizador do Fast 1000 GP, lembra que teve de providenciar uma planta baixa do autódromo para que a CBM autorizasse a realização do evento, juntamente com o cumprimento das exigências citadas acima. Israel, que também promove competições de moto arrancada, atuou no início de todo o processo que culminou com a homologação da pista.
Após o Fast 1000 GP a CBM exigiu ainda a correção das áreas de escape em definitivo e um levantamento topográfico da pista, o que foi realizado pelo piloto e projetista Salomão Negreiros.
Atendidas as exigências, a comissão integrada pelos pilotos Amarílio Barbosa, Francisco Carvalho, Raimundo Brasileiro Neto e Wagner Duarte, comemorou o aval para a realização das provas e já se articula para a realização do Cearense de Motovelocidade a partir de maio. Além dos integrantes da comissão, os também pilotos Michael Barcelos e Lucas Tosato, contribuíram para atenderem às exigências a fim da homologação, e demais pilotos de várias categorias, que se cotizaram para custear as despesas.
O presidente da FMC, Roberto Ito, classificou como importante reconhecimento do trabalho da federação e dos pilotos que se esforçaram para viabilizar o atendimento às exigências da CBM. O dirigente lembra que no Ceará, há um público forte amante do motociclismos e espera que outros pilotos surjam com a realização dos cursos e dos track day.
“É uma vitória de todos. Quero agradecer ao Amarílio, ao Francisco, ao Brasileiro, ao Lucas, ao Michael, ao Wagner, e ao Salomão pela total dedicação. Sem eles não teríamos conseguido a homologação. A CBM reconhece a importância de nossa pista para o automobilismo, e agora, nada obsta para que os promotores possam realizar as corridas, é claro, atendendo às exigências da CBM quanto as segurança, como ambulância, resgate, e outros”, afirmou Ito.
Antes disso, no dia 20 de março, será realizado um track day para motos de baixa e alta cilindrada.
Texto e Fotos: Robério Lessa
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