Acompanhe mais uma coluna Velocidade do jornalista Robério Lessa.
Olá amigos leitores do Carros e Corridas.
Hoje é um dia para não ser esquecido no Automobilismo Mundial, não por ser um dia de alguma corrida especial, mas por ser o dia do 45º aniversário do maior campeão que a Fórmula Um já viu passar pelas pistas de todo o mundo.
Este três de janeiro talvez seja o mais aguardado dos últimos tempos, sobretudo para os amantes do automobilismo que anseiam por uma notícia mais animadora da junta médica que assiste Michael Schumacher, no Centro Hospitalar Universitário da cidade francesa de Grenoble.
Quis o destino que aquele alemão nascido em três de janeiro de 1969 conquistasse seu primeiro título na Fórmula Um justamente no ano em que morrera o maior ídolo brasileiro do automobilismo. O ano de 1994 iniciou com Schumacher na frente de Ayrton Senna e encerrou de forma controversa, após uma colisão entre Damon Hill (Williams) e Schumacher (Benetton). O primeiro piloto da Alemanha a vencer um Mundial da categoria foi bastante criticado pelo acidente na 36ª volta do Grande Prêmio da Austrália, no circuito de rua de Adelaide.
Para os brasileiros, que em sua maioria torciam pelo ex-companheiro de Senna na Williams, foi duro ver triunfar aquele que substituiu Roberto Pupo Moreno na Benetton, e andou na frente de Nelson Piquet, com quem fez dupla na “equipe das cores unidas”.
Mas as polêmicas não derrubaram e, tampouco desanimaram aquele determinado piloto que após conquistar seu segundo título (1995) na Benetton, foi o responsável por dar à Ferrari um campeonato depois de um jejum de 21 anos quando em 2000, conquistou seu terceiro título. Para os fanáticos torcedores do time italiano, que haviam comemorado o último campeonato em 1979 com o Sul Africano Jody Scheckter, Schumacher virou herói. Mas com mais quatro títulos na Ferrari (2001, 2002, 2003, e 2004), logo deixou a condição de herói para se tornar um mito.
Na Ferrari, outra polêmica, e esta envolvendo um brasileiro (Rubens Barrichello), voltou a arranhar a história do piloto. Sei que o momento o qual Schumacher atravessa é delicado, mas os fatos aconteceram, e não relato para diminuir o que ele construiu ao longo dos 308 grandes prêmios disputados, até porque ele é maior que isso.
Quando comecei a acompanhar esse mundo mágico de carros e corridas não esperava que os cinco títulos do argentino Juan Manoel Fangio pudesse ser superado. Mas aí chegou Schumacher com sua genialidade e pulverizou este e outros recordes. Foram 91 vitórias, 155 pódios, 1566 pontos, 68 pole positions e 77 voltas mais rápidas desde sua primeira corrida na F-1 (Grande Prêmio da Bélgica de 1991) até sua última disputa (Grande Prêmio do Brasil de 2012).
Hoje fica a torcida para que ele possa reagir e poder ter uma vida normal. Quem sabe esse não será mais um recorde que Schumacher vai superar?
Por enquanto é hora de desejar não só um feliz aniversário, mas desejar que seu maior presente seja ele poder lembrar-se de tudo isso como mais uma batalha vencida.
Assim vamos passar este dia esperando uma boa notícia.
“Parabéns pra você, nesta data querida, muita felicidade, muitos anos de vida.”
Força Schumacher!
Feliz Aniversário!
Robério Lessa é jornalista, editor do site Carros e Corridas e escreve sobre automobilismo desde 1992.
Escreva para o Colunista: roberio@carrosecorridas.com.br
Fotos: Scuderia Ferrari/Mercedes GP/Divulgação.