A Fórmula 1 aproveita o intervalo de 20 dias entre os GPs do Bahrein e da Espanha para realizar uma seção de testes de três dias em Mugello, na Itália, entre 1º e 3 de maio. Esta é a primeira vez, desde setembro de 2008, que a FIA autoriza a realização de testes no meio da temporada.
É uma oportunidade para as equipes conhecerem mais os pneus PZero fornecidos pela Pirelli em 2012 e melhorarem o balanço dos carros. Nos testes estão disponíveis quatro compostos slicks (supermacio, macio, médio e duro), porém as equipes só podem usar os pneus que forem deixados para eles dentro da cota de 100 conjuntos para testes por carro no ano. Cabe, portanto, às equipes definir quais compostos elas preferem testar nessas condições. Caso chova, os pneus Cinturato Verde (intermediário) e Cinturato Azul (chuva), para pista molhada, também são disponibilizados em Mugello.
Paul Hembery, diretor de automobilismo da Pirelli, acredita que os testes em Mugello são importantes para compreender a forma como funcionam os pneus. “Estou certo de que as equipes vão retirar muita informação que permitirá que seu conhecimento sobre os pneus evoluam no decorrer da temporada, exatamente como no ano passado. Além da disputa entre os pilotos, há uma batalha tecnológica entre os engenheiros, fazendo deste esporte ainda mais fascinante”, conclui. O executivo afirma também que esta é uma boa oportunidade para que os terceiros pilotos experimentem os carros com os pneus atuais, o que seria difícil em condições normais.
Mugello fica perto de Florença e nunca recebeu uma corrida de Fórmula 1. A pista de 5.245 quilômetros tem 15 curvas e uma reta extremamente longa, que permite aos carros atingir velocidades máximas de 335 Km/h. A primeira parte do circuito apresenta uma grande variedade de mudanças de direção e altitude, com a parte final da volta contendo curvas mais rápidas e longas que são particularmente úteis quando se trata de analisar o comportamento e desempenho dos pneus.