Por Robério Lessa – Tetracampeão mundial (2010, 2011, 2012 e 2013) e dono de três vice-campeonatos (2009, 2017 e 2018) o piloto alemão Sebastian Vettel, que está sem contrato para a temporada 2021 da Fórmula 1, segundo o periódico germânico Bild, estaria em vias de fechar um acordo com a equipe Aston Martin, que hoje é a Racing Point, escuderia esta que utiliza motores Mercedes e tem forte aporte financeiro do bilionário canadense Lawrence Stroll, pai do piloto, também do Canadá, Lance Stroll o qual faz dupla com o mexicano Sergio Pérez.
Após o surpreendente desempenho do RP20 nas duas primeiras corridas da temporada, a Race Point tem sido chamada de “Mercedes Rosa”, devido a grande semelhança com o modelo que a escuderia da estrela de prata usou em 2019. Um carro que mostra-se eficiente, aliado ao propulsor Mercedes deixou Sergio Pérez e Lance Stroll na vitrine a ponto de protagonizarem boas disputas por posições entre os 10 primeiros (os que pontuam).
A questão não é tão simples assim, mas a máxima enviesada de que “contratos são feitos para serem descumpridos” é comum na Fórmula 1, onde os acordos acabam levando em conta a uma potência elevada o quanto se pode ganhar com a contratação ou dispensa de um piloto.
Para o piloto latino a situação mostra-se mais complicada, caso seja decidido por contratar Vettel, tendo em vista que o “dono do dinheiro” é o pai de seu colega.
No entanto, “Strollzinho” poderia ser abrigado em outra escuderia se os patrocinadores de Pérez (e ele sempre teve apoio de empresas mexicanas) conseguirem dar uma boa cartada diante do desempenho que seu protegido tem alcançado, além disso, Vettel e Pérez formariam uma dupla bem mais competitiva para colocar a futura Aston Martin em uma posição melhor e assim conseguir uma verba maior ao fim do ano quando são distribuídos os prêmios para as equipes de acordo com a classificação no Mundial de Construtores.
Vale lembrar que a Haas pode despachar seus dois pilotos ao fim deste ano. Há também a possibilidade de surgir uma vaga na Alfa Romeo com uma possível aposentadoria do finlandês Kimi Raikkonen, sem falar na “pagou sentou” da Williams que poderiam abrigar o canadense para não ficar sem “brincar” de correr no ano que vem.
Texto: Robério Lessa.
Fotos: Getty Image/F1 e Reprodução/F1
Copyright© 2007-2020 – carrosecorridas.com.br | Proibida a reprodução sem autorização