Por Robério Lessa – O ano de 2018 dificilmente será esquecido pelo Fernando Alonso. Desde que decidira, em 2017, dividir as atenções da Fórmula Um com outras provas tradicionais do automobilismo mundial, o espanhol tem mostrado que seu talento não fora afetado pelo fraco desempenho da McLaren nos últimos três anos (Alonso está na McLaren desde 2015) e que é sim, um dos melhores pilotos em atividade , seja em que categoria for.
Depois da vitória nas Seis Horas de Spa-Francorchamps, ao lado dos pilotos Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima, em maio deste ano, neste domingo (17), Alonso escreveu seu nome na História das 24 Horas de Le Mans, sendo o 23º estreante a conquistar a vitória na tradicional prova de longa duração (Endurance).
É sabido que no automobilismo, e mais ainda nas provas de endurance, nada se consegue sozinho, e qualquer resultado é fruto do trabalho de muitas pessoas e no caso do comando do carro (Toyota 050 Hybrid número oito) é preciso que todos os pilotos consigam o mesmo desempenho ao longo das inúmeras voltas ao longo de um dia. Neste domingo (17), o trio Alonso, Buemi e Nakajima completou 388 voltas, dando duas voltas a mais que o trio Mike Conway, Kamui Kobayashi e José María López que chegaram na segunda colocação com o Toyota 050 Hybrid número sete.
Esta também foi a primeira vitória da Toyota nas 24 Horas de Le Mans, sendo a segunda vez que um carro de uma marca japonesa termina em primeiro lugar, quando em 1991, a Mazda ficou com o primeiro posto.
Esta foi a 86ª edição das 24 Horas de Le Mans, que além da vitória da Toyota na Geral e na categoria LMP1, a vitória pela LMP2 ficou com o carro (ORECA-Gibson 07 número 26) do trio Jean-Eric Vergne/Roman Rusinov e Andrea Pizzitola. Na categoria GTE PRO o primeiro lugar ficou com o Porsche número 92 do trio Michael Christensen / Kevin Estre / Laurens Vanthoor. Na GTE Am, outro triunfo Porsche, desta feita com os pilotos M. Campbell, C. Ried e J. Andlauer.
Texto: Robério Lessa
Fotos: FIA WEC/Divulgação