A pista de Nurburgring é uma das que mais exigem pressão aerodinâmica na temporada da Fórmula 1. Não só pelas curvas de alta e média velocidade, mas também para manter a estabilidade do carro nos trechos de freada – como o que antecede a primeira curva e aquele antes da chicane nas curvas 13 e 14, já no final da volta. Segundo a equipe ING Renault, o chassi do carro precisa de um balanço neutro para ter uma resposta rápida às mudanças de direção tanto na parte mais lenta da pista, quanto nas curvas velozes. “Nos aproximamos da curva 7 a cerca de 300 km/h antes de frear e reduzir as marchas para contornar o hairpin. A tangência e contorno desse trecho é muito importante para poder acelerar o quanto antes e carregar velocidade no trecho de subida e na chicane rápida das curvas 8 e 9”, exemplifica Nelsinho Piquet.
O passado da Fórmula 1 intacto na Alemanha
O autódromo, que fica perto da cidade de Nurburg, é um verdadeiro parque dos amantes da velocidade. Foi inaugurado na década de 20 e integrou o Mundial de Fórmula 1 no seu primeiro ano de história, em 1951. O Nordschliefe, como é conhecido o traçado antigo, que tem mais de 22 km de extensão, foi palco do GP alemão e, de tão grande, os pilotos não conseguiam decorar as 172 curvas do circuito. Na década de 60, uma volta completa de Fórmula 1 nesta pista durava cerca de nove minutos. “É um lugar realmente fantástico. É aberto como um parque mesmo. Você paga uma taxa e pode andar com seu carro no circuito completo”, lembra Nelsinho Piquet, que repete a aventura no antigo traçado todos os anos desde que estreou na Fórmula GP2, em 2005.
Depois de várias reformas – a última delas em 2001 – o circuito principal de Nurburgring ficou com 5.148 metros de extensão em uma das pistas mais seletivas na temporada. “É um circuito com uma grande variedade de curvas, trechos bastante rápidos, chicanes e curvas lentas”, destaca o brasileiro. “A prova lá é completamente diferente da corrida em Hockenheim, por causa da atmosfera e do ambiente que se cria durante o final de semana. O público é muito grande, as pessoas levam trailers e acampam em volta da pista para ver os eventos”, lembra Nelsinho Piquet. “Sem contar o clima, que é até parecido com o de Spa-Francorchamps, com variações entre sol e chuva”, ressalta o piloto, sobre a característica da região montanhosa de Eiffel, onde fica a pista. Os treinos livres para a nona etapa do Mundial de Fórmula 1 começam na próxima sexta-feira (10) com duas sessões a partir das 5h no horário de Brasília. Confira abaixo a programação do final de semana: Sexta-feira – 10/6 -Treino livre 1 – 5h às 6h30; Treino livre 2 – 9h às 10h30 – Sábado – 11/6 Treino livre 3 – 6h às 7h; Classificação – 9h – Domingo – 12/6 – Corrida (60 voltas) – 9h. Foto:Lat Photographic.