Entre alguns pilotos e algumas pistas, parece haver o casamento perfeito. O paulista Rolf Gemperli aposta nesta teoria ao comentar seu retorno ao circuito de Santa Cruz do Sul (RS), que recebe neste domingo (12) a sexta etapa da Copa Clio. O traçado é o mesmo onde ele conquistou, no ano passado, sua primeira vitória na categoria. “É uma pista que se encaixa perfeitamente no meu estilo de pilotagem. Por ser bastante seletiva, exige uma tocada menos agressiva, que é onde eu acredito levar vantagem”, conta.
Esta rápida adaptação às curvas do mais novo autódromo do país (inaugurado em 2005) surpreendeu até mesmo o próprio Rolf Gemperli. Ele largou em terceiro, pulou para segundo lugar logo na largada e passou a abrir vantagem sobre os demais adversários, atrás do líder, José Cordova. “Só que do meio da corrida em diante comecei a perceber que estava mais rápido que ele. Aí, foi só aproximar e forçar a ultrapassagem”, lembra o piloto, que não tinha nenhuma referência do traçado até aquele fim de semana. “A única coisa que eu consegui fazer para pegar a mão da pista foi entrar no circuito com o meu carro alugado, à noite, para ver as curvas e ter alguma idéia pra onde virar. Depois, veio tudo naturalmente. Me adaptei bem e a equipe fez um ótimo trabalho”, afirma Rolf Gemperli, que busca uma nova vitória na corrida deste domingo.
Pelo menos em termos de carreira, há algumas diferenças entre Luiz Frediani e Carlinhos de Almeida, os pilotos que formam a dupla da Bolivar na Copa Clio. Se o primeiro é experiente na categoria e conta uma série de vitórias no currículo, o outro ainda está começando sua história no automobilismo, participando de sua segunda prova oficial. Mesmo assim, eles estarão numa situação bastante parecida neste fim de semana.
Nenhum deles conhece o traçado gaúcho. “É uma novidade total para mim. Costumo pegar a mão da pista com certa rapidez, mas a desvantagem é quase todos no grid já correram lá. Quero ver se logo no início dos treinos livres consigo pegar a referência de alguém que esteja rápido e conheça o circuito, o que facilita as coisas”, comenta Luiz Frediani. “Por enquanto, só tenho a pista na cabeça, calculo mais ou menos como deve ser. O que ajuda é o fato do carro com motor 2.0 também nunca ter andado lá. De certa forma, é novidade para todo mundo”.
Melhor também para seu companheiro de equipe, Carlinhos de Almeida, que teve sua primeira experiência com o carro na etapa passada, no Rio de Janeiro. “Lá foi uma pena. Consegui andar bastante nos treinos, mas faltou sorte na corrida. Bem na estréia, bati na largada, num acidente que nem o piloto mais experiente poderia evitar, acredito. A meta agora é aprender a pista com a mesma rapidez que no Rio de Janeiro e fazer um início de prova conservador, para tentar andar sempre ali no meio do pelotão”, revela.
A sexta etapa da Copa Clio está marcada para às 13h45 deste domingo (12). A liderança do campeonato está nas mãos do paranaense José Cordova.