Não foi um final de semana pra se comemorar: Lucas Di Grassi foi atrapalhado no classificatório, perdendo tempo em sua melhor volta, e , na corrida, levou um toque que o fez abandonar a prova. Mas mesmo assim o brasileiro saiu do ePrix de Tóquio otimista. A primeira corrida da história da Fórmula E se provou ser um desafio extremamente técnico, no qual a paciência dos pilotos foi testada com as poucas possibilidades de ultrapassagem.
O fim de semana começou movimentado. Durante os treinos, uma pequena parte da pista se encontrava molhada. Por conta disso, vários pilotos tiveram dificuldade em encaixar uma volta rápida. Também por isso, na classificação, o brasileiro se viu atrapalhado por carros mais lentos no traçado estreito.
Corrida controlada – Largando em 14º, Di Grassi conseguiu sair bem, evitando confusões nas primeiras curvas. Daí em diante, o público japonês presenciou uma corrida extremamente técnica, com poucas ultrapassagens para os padrões da F-E, exigindo muito controle por parte dos pilotos. Nessa fase inicial, Di Grassi se manteve entre a 12ª e 14ª posição.
Porém, houve momentos em que movimentos mais arriscados precisaram ser feitos. Isso levou o brasileiro a dois incidentes, sendo o primeiro deles com Jake Hughes, que não causou grandes consequências para Di Grassi. Já o segundo,com Nyck De Vries, forçou o piloto da ABT Cupra a abandonar a prova na volta 19.
Carro evoluiu – “Dia difícil hoje. Tivemos nossa classificação atrapalhada e na corrida fui tirado da corrida por outro piloto. Mas aqui não temos só más notícias. O fato positivo é que a equipe marcou os primeiros pontos com meu parceiro Nico {Müller}. Isso mostra que estamos desenvolvendo o carro, que estava mais agressivo durante a corrida. O carro parece melhor e isso nos dá bom ânimo para a próxima etapa”, comentou o brasileiro.
A próxima etapa da F-E vai ser disputada em Misano, na Itália. A rodada dupla acontece entre os dias 13 e 14 de abril. O brasileiro segue em busca dos primeiros pontos no campeonato, que é liderado pelo almão Pascal Wehrlein, com 63 tentos.
Texto: Rodolpho Siqueira/Ana Oliveira.
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