Djalma Fogaça deve ter uma grande novidade na quarta etapa da Fórmula Truck, a ser disputada dia 14 de junho no Autódromo Velopark, em Nova Santa Rita, cidade da Grande Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Seu Ford terá o novo motor de 10 litros—o atual tem oito litros -, o que pode melhorar seus resultados e levá-lo a lutar diretamente pela primeira vitória na temporada e a 13ª na carreira da mais popular categoria do automobilismo da América do Sul. Fogaça, que estreou em 1997, terminou 12 vezes na primeira posição.
“Posso estrear o novo motor no Velopark, pois é só correr para montar, colocar no caminhão e acelerar. Não será preciso muita adaptação, mas temos de reconhecer que os Volks estão muito na frente. Eles têm um domínio semelhante, ou maior ainda, ao da Mercedes na Fórmula 1. Eles podem largar em último que ainda assim ganham a corrida, e olhe que eles têm carta na manga”, diz Fogaça, numa referência às três vitórias do Volkswagen Constellation, uma com Leandro Totti e duas com Felipe Giaffone, respectivamente líder e vice-líder da Fórmula Truck.
Apesar de ser um dos mais experientes pilotos brasileiros em atividade, Djalma Fogaça, de 52 anos, fará sua estreia no Autódromo Velopark. Ele, que já guiou em praticamente todos os autódromos brasileiros nessas mais de três décadas de automobilismo, nunca andou nos 2.278 metros do curto traçado inaugurado em 2010 na cidade de Nova Santa Rita, próxima de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul.
“Por incrível que pareça, nunca andei no Velopark, pois nos anos em que a Fórmula Truck andou lá (2012 e 2013) eu não corria. Depois de 33 anos de automobilismo, finalmente vou estrear lá onde até o meu filho, Fábio Fogaça, já andou de carro e foi bem. Hoje não existe uma pista que favoreça meu Ford. A gente pode igualar em algumas, como Guaporé e Tarumã, que neste ano nem está no calendário. Nas demais, os Volks estão bem na frente!”.
Sempre muito sincero, Fogaça reclama da punição que sofreu em Londrina por excesso de fumaça e o levou a largar na 19ª posição. Numa grande corrida de recuperação, ele ainda terminou em 11º lugar na primeira fase e em oitavo na segunda. Depois de cerca de 15 dias da prova, nem esses bons resultados, que o levaram a continuar entre os três primeiros do campeonato, o fizeram esquecer a penalização.
“Foi uma desclassificação absurda, pois acabou com a nossa corrida. Mostrei as imagens do meu caminhão, que tinha uma câmera ao lado do escapamento, e não apresentava excesso de fumaça. O Ford vai bem se largar lá na frente, pois precisa de embalo. Se tiver alguém puxando, andando rápido, a gente consegue acompanhar. Agora, se pegar gente lenta, perde o ritmo. A injusta desclassificação influiu no psicológico de todos na equipe e eu queimei o radar logo de cara também por isso”, completou Fogaça, que acabou punido com um drive-through, uma passagem pelos boxes dentro do limite de velocidade.
Texto: Milton Alves
Fotos: Orlei Silva / Divulgação