O piloto Rubens Barrichello, da Brawn Grand Prix, foi uma das estrelas da já tradicional entrevista coletiva que a Bridgestone promove anualmente na semana do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. O encontro aconteceu nesta terça-feira (13), no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo, e também contou com a presença do piloto alemão Adrian Sutil, da equipe Force India; do diretor comercial da Bridgestone do Brasil, Marco Antonio Carneiro, e do diretor da Bridgestone Motorsport, Hirohide Hamashima.
Barrichello chamou a atenção da imprensa ao confirmar que está em negociação para se manter na Fórmula 1 em 2010, e que suas maiores chances permanecem na Brawn e também na equipe Williams. “Mas quero deixar claro que não tem nada assinado”, desconversou Rubinho. “Depois de ficar quatro meses desempregado no final do ano passado, fico feliz em saber que hoje tenho oportunidades para o ano que vem. Existem conversas, sem dúvida, mas ainda não tem papel assinado. Essas duas equipes (Brawn e Williams) são as com mais chances para o ano que vem, mas ainda não temos nada acertado”, ressaltou.
Rubinho também comentou sobre suas chances no GP do Brasil, que será disputado no próximo domingo (18) em Interlagos. “É uma situação equilibrada. A Fórmula 1 apresentou mais vencedores neste ano, com altos e baixos de certas equipes, e apesar de a Brawn ter tido alguns baixos, foi a equipe que quando esteve por baixo mais apresentou condições de recuperar a performance”, analisou Barrichello. “Interlagos é uma pista que talvez nos dê um bom desempenho, mas não dá para saber muito até os primeiros treinos livres. Aposto que vai ser muito melhor do que em Suzuka (quando ele e seu companheiro de equipe Jenson Button terminaram em sexto e sétimo, respectivamente)”, disse.
O brasileiro da Brawn Grand Prix comemorou o seu atual momento – no alto de seus 37 anos e 17 temporadas na Fórmula 1. “Estou no melhor momento da minha carreira, é hora de colher o que foi plantado anos atrás, e a energia da torcida brasileira é muito positiva. Agora temos que saber se há essa performance no carro para o final de semana. Pode ser que chova sexta e sábado e o tempo se abra no domingo. Correr em pista seca seria melhor para nós (da equipe Brawn)”, apontou.
Sobre a possibilidade de chuva, Barrichello explicou ainda como ficaria a luta entre as duas melhores equipes do ano – Brawn GP e Red Bull. “Gosto de correr com chuva e estaria de braços abertos para isso. Mas acredito – e espero – que sejamos mais competitivos que a Red Bull. De outro lado, a chuva os faria mais fortes. Tínhamos um carro melhor do que o deles (Red Bull) na China, mas na chuva eles cresceram bastante. A pista molhada traz seus benefícios por abrir o campo de possibilidades, mas no seco ficaria mais fácil em termos de performance pura do carro”, contou.
O diretor comercial da Bridgestone do Brasil, Marco Antonio Carneiro, ressaltou a paixão do público brasileiro pela categoria. “Estamos há 12 anos na Fórmula 1 de maneira ininterrupta e o GP do Brasil é muito importante para a empresa, principalmente pela relação que o povo brasileiro tem com a categoria, que é muito especial. Fórmula 1 é sinônimo de tecnologia, ela serve de laboratório e a exigência tanto em performance como em segurança é muito grande. E a filosofia da Bridgestone é levar toda essa tecnologia usada na categoria máxima do esporte para os carros de passeio”, afirmou Carneiro.
Diretor da Bridgestone Motorsport, Hirohide Hamashima falou sobre as mudanças que ocorreram de 2008 – quando eram usados os pneus sulcados – para a atual temporada. “Este ano tivemos a volta dos pneus slick (lisos), e isso gerou 20% mais aderência para os carros, além de uma melhora entre dois e três segundos no tempo de volta”, lembrou. Foto: Bridgestone/Divulgação.