Dos pilotos europeus confirmados para a segunda etapa da temporada do Intercontinental Rally Challenge, marcada para os dias 4, 5, 6 e 7 de março, em Curitiba, certamente quem carrega a maior responsabilidade é o belga Freddy Loix. No campeonato, ele ocupa a segunda posição, mas pode se considerar virtualmente o primeiro colocado, por assim dizer. O piloto que lidera a tabela de classificação, o francês Sebastien Ogier, ganhou a prova de abertura, em Mônaco, mas não está confirmado para o restante do campeonato – nem virá ao Brasil.
Uma oportunidade e tanto para Freddy Loix. Terá a chance de assumir oficialmente a ponta e ampliar a vantagem sobre os adversários. A sorte parece mesmo estar ao lado dele: no primeiro rali do ano, foi o único entre os que competem regularmente a chegar entre os três primeiros. Outro bom resultado na primeira passagem do IRC pelo Brasil pode ajudá-lo no objetivo de conquistar seu primeiro grande título na carreira, depois de uma trajetória cheia de altos e baixos em outro campeonato de dimensões mundiais, o WRC.
Ele competiu na categoria entre 1996 e 2004, correndo por quatro marcas diferentes, Toyota, Mitsubishi, Hyundai e Peugeot, mas nunca teve a oportunidade de brigar pelo título. O que parece estar próximo de conseguir no IRC. É por tudo isso que ele vem ao Brasil bastante cauteloso. Não quer complicar um ano que começou tão bem. “Eu acho que sera um rali muito rápido, principalmente porque as especiais são relativamente curtas, mas meu objetivo é fazer uma prova mais constante, para chegar ao final entre os primeiros”, afirma.
Sua maior preocupação é fato de não andar no cascalho há um bom tempo. A etapa de abertura desta temporada, em Mônaco, foi formada por especiais de asfalto e gelo. “A última vez que andei nesse tipo de piso foi em julho do ano passado, na Rússia. Terminei em quarto. Mas como faz muito tempo que não corro em especiais assim, vai levar um tempo para eu atingir um bom ritmo e até lá será importante não assumir muitos riscos”, revela. Para garantir uma prova sem sustos, ele andou pesquisando.
“Parece que será um rali bonito. Os trechos são rápidos e vendo o DVD dá para notar que há muitas subidas”, acrescenta. Subidas e descidas. Principalmente no segundo e último dia de rali, quando a competição passará pelo trecho de Bocaiuva do Sul. Haverá também pontos de altíssima velocidade. Se em janeiro os pilotos precisaram redobrar a atenção nas gélidas especiais do famoso Rally de Monte Carlo, parece que não será diferente no Rali da Graciosa, agora chamado Rally Internacional de Curitiba. Freddy Loix se diz preparado.