Em franca ascensão no campeonato depois de um início ruim, Allam Khodair (Vogel) conquistou neste sábado no circuito gaúcho de Tarumã a sua quarta pole na temporada. O piloto paulista vem de três pódios consecutivos – venceu no Rio de Janeiro e em Salvador e foi 3º em Cascavel – e pode entrar de vez na luta pelo título, já que os ponteiros não foram tão bem. O líder Cacá Bueno (Red Bull) sairá apenas em 11º, atrás do segundo colocado Ricardo Maurício (RC), o quarto no grid da 9ª etapa, que terá transmissão ao vivo pela TV Globo a partir das 9h30.
Khodair quebrou o domínio que a equipe AMG vinha impondo desde a abertura dos treinos livres na véspera – a Átila Abreu sobrou o consolo de completar a primeira fila. Depois de registrar a melhor volta da segunda parte da sessão classificatória, Khodair voltou aos boxes e ficou dentro do carro esperando o final. “Eu sabia que tinha chance em uma única volta. Quase perdi a pole, mas o adversário teria de fazer uma volta perfeita”, explicou. Khodair demonstrou despreocupação com o fato de o regulamento permitir apenas alterações mínimas nos carros que sairão até à 10ª fila. “Os 30% do que podemos mexer deverão garantir o acerto da traseira, o que mais preocupa nesta pista.”
Os 10 primeiros colocados ficaram separados por apenas meio segundo e Felipe Maluhy (Medley/Full Time)) fechou a lista. Como a maioria dos colegas, ele está preocupado agora com o elevado consumo que o velho asfalto de Tarumã está cobrando dos pneus. As equipes chegaram a exercitar a troca de pneus, prática que havia sido praticamente abandonada neste ano junto com o fim do reabastecimento obrigatório. “Não será fácil chegar ao fim com o mesmo jogo. Se houver um safety car, muitos farão a troca”, afirmou Maluhy. José Avallone Neto, engenheiro da Medley/Full Time, acredita que os pilotos colocados mais atrás poderão partir para uma estratégia agressiva e fazer o pit stop. “A perda em tempo de volta do início para o fim será de até cinco segundos”, confirmou Xandinho Negrão, que não passou da primeira parte do qualifying e partirá em 18º.
Outros ingredientes que certamente adicionarão uma pitada extra de emoção são a possibilidade de mudança do tempo – a ameaça de chuva rondou o autódromo enquanto os carros estavam na pista – e a decisão quase unânime dos pilotos de deixarem a carga total do botão de ultrapassagem para a corrida. Apenas Ricardo Sperafico, o terceiro mais rápido da classificatória, optou pelo uso do push-to-pass. Na pista permanente mais veloz do País, onde as médias horárias superam os 170 km/h, o espetáculo estará mais do que garantido.
Texto: Divulgação.
Foto: Miguel Costa Jr./Divulgação.