O GP da Esperança, quinta etapa dos campeonatos brasileiro e sulamericano de Stock Car, foi recheado de alternativas, disputas e ultrapassagens. As duas corridas realizadas na tarde deste domingo (26) no circuito de Tarumã, no Rio Grande do Sul, tiveram as vitórias de Max Wilson, da Eurofarma-RC e Júlio Campos, da Axalta C2 Team.
O pódio da primeira prova foi completado pela dupla da Cimed Racing, com Felipe Fraga – que estende sua liderança no campeonato de sete para dez pontos – e Marcos Gomes. Na segunda, Thiago Camilo e Allam Khodair fecharam em segundo e terceiro após emocionante perseguição ao líder da corrida.
Rubens Barrichello, que largou da pole position, acabou não tendo um domingo positivo. O campeão de 2014, apesar de ter mantido a ponta na saída, foi perdendo posições até ser acertado na última volta pelo carro de Rafael Suzuki – que acabou sendo excluído da etapa por atitude anti-desportiva. Rubinho ainda terminou a prova na 17ª colocação, somando importantes sete pontos. A equipe Medley Full Time conseguiu trocar a suspensão traseira do carro de Rubens em 15 minutos, a tempo de permitir que largasse dos boxes na segunda prova. Resiliência que valeu ao recordista de participações na Fórmula Um suados quatro pontos pelo 12º lugar, levando um total de 11 na etapa.
Fraga, que largou em quarto, alçou-se à liderança e passou a ser seguido por Max Wilson. O piloto da Eurofarma-RC, que venceu a segunda corrida da etapa anterior em Santa Cruz do Sul, teve paciência e atacou no momento certo, realizando bela ultrapassagem por fora na curva um logo após a abertura da 33ª das 37 voltas.
“Nosso carro estava competitivo. Economizei os pneus na primeira parte da corrida, e no final da prova eu estava em melhores condições por isso. Uma vitória que vale 30 pontos, e espero que venham mais dessas no decorrer da temporada”, afirmou Max, que se iguala a Marcos Gomes com duas vitórias na temporada. Mesmo não tendo pontuado na segunda prova, Wilson foi o maior pontuador da etapa e ocupa a quinta posição no campeonato com 84 pontos, colado no terceiro e quarto colocados da tabela – Daniel Serra com 86 e Átila Abreu com 85, respectivamente.
Daniel Serra, Valdeno Brito, Ricardo Maurício, Felipe Lapennna, Vitor Genz, Lucas Foresti e Sérgio Jimenez não fizeram o pit stop e fecharam os dez primeiros da abertura da etapa.
Na segunda corrida o grid se misturou bastante. Nove carros largaram dos boxes após reparos – um deles o do vencedor Júlio Campos – e os que estavam na ponta no início tiveram de ir aos boxes para reabastecimento. Isso permitiu a Campos abrir vantagem sendo escoltado, inicialmente, pelo companheiro de equipe Gabriel Casagrande, que depois acabou perdendo terreno para terminar em quarto lugar.
Quando Allam Khodair – que liderava a primeira corrida quando teve de parar com um problema no câmbio – passou Casagrande, trazendo Thiago Camilo consigo, começou uma perseguição para eliminar a vantagem de quase sete segundos aberta pelo curitibano na frente.
A cinco voltas do final, Camilo deu o bote, passou Khodair e começou a virar ainda mais rápido na caça ao líder. Por pouco, não deu tempo. Em seis voltas o piloto da Ipiranga-RCM praticamente aniquilou a vantagem de Campos, e a dupla cruzou a linha de chegada praticamente junta: a margem do vencedor sobre o segundo colocado foi de apenas 0s216.
“A gente nem queria economizar o carro na primeira corrida, mas logo depois da largada eu tive um furo de pneu, o carro ficou estranho, avisei a equipe e na quarta volta o pneu estourou. Como não marcaria pontos, preferi colocar o carro na garagem e focar para a segunda prova”, explicou. “Colocamos dois pneus bons e deu certo. Consegui abrir um pouco no começo, e no final passei a acelerar mais. Deu para manter a distância com a margem necessária”, apontou.
Assim Campos, em seu primeiro ano na Axalta C2 Team, volta a vencer após mais de um ano. Sua última vitória havia sido em Curitiba, no mês de abril de 2015. Até então, o paranaense não vinha tendo uma temporada muito positiva, pontuando em somente duas das nove corridas disputadas até então.
“Descobrimos um problema grave no carro durante o treino de verificação de sexta-feira aqui em Tarumã. Mexemos em tudo e começamos o acerto praticamente do zero. Tivemos uma melhora muito grande, e na corrida estamos evoluindo pouco a pouca para andarmos onde devemos estar, que é sempre entre os cinco primeiros”, analisou. Por isso, segundo Júlio, o sentimento é de alívio. “Lava a alma, com certeza. É importante fazer estes pontos para chegarmos na próxima etapa com todos na equipe motivados”, concluiu.
Cacá Bueno concluiu a segunda prova do GP da Esperança na quinta posição, seguido por Bia Figueiredo, Diego Nunes, Ricardo Zonta – que não correu a primeira bateria por um problema de motor (sua equipe passou toda a corrida trocando a peça no carro #10) -, Galid Osman e Átila Abreu fecharam os dez primeiros colocados.
A Stock Car volta à ativa dentro de três semanas para a sexta etapa da temporada 2016, a ser disputada no velocíssimo traçado do Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel (PR), no dia 17 de julho.
Confira a Classificação do Campeonato:
1-) Felipe Fraga – 111 pontos
2-) Marcos Gomes – 101
3-) Daniel Serra – 86
4-) Átila Abreu – 85
5-) Max Wilson – 84
6-) Rubens Barrichello – 77
7-) Ricardo Maurício – 75
8-) Valdeno Brito – 73
9-) Cacá Bueno – 68
10-) Diego Nunes – 68
11-) Vitor Genz – 64
12-) Ricardo Zonta – 58
13-) Allam Khodair – 55
14-) Galid Osman – 51
15-) Sérgio Jimenez – 50
16-) Denis Navarro – 48
17-) Gabriel Casagrande – 46
18-) Thiago Camilo – 44
19-) Júlio Campos – 43
20-) Rafael Suzuki – 43
21-) Felipe Guimarães – 41
22-) Lucas Foresti – 34
23-) Bia Figueiredo – 30
24-) Guga Lima – 29
25-) Popó Bueno – 26
26-) Felipe Lapenna – 22
27-) Raphael Abbate – 15
28-) Luciano Burti – 11
29-) Nestor Girolami – 5
30-) Fábio Carbone – 2
Texto: Vicar/Divulgação
Foto: Duda Bairros, Fernanda Freixosa – VICAR