A especial do Rally dos Sertões entre Cidade de Goiás e Minaçu, ainda no Estado goiano, assistiu uma intensa briga pela primeira posição. O terceiro dia de disputas, nesta sexta-feira (26), foi de 393 quilômetros de trecho cronometrado, perfazendo um total de 636 quilômetros de deslocamento. Esta especial teve como característica predominante estradas sinuosas, muito cascalho, pontes estreitas e trilhas escondidas, fatores de grande dificuldade para os pilotos.
Hoje (27) será o dia mais difícil segundo Eduardo Sachs, o idealizador do roteiro. “Vai separar os homens dos meninos”, disse o diretor-técnico do Rally. O total de deslocamento neste sábado será de 753 quilômetros, passando pelos mais diversos tipos de piso e dificuldades. Por volta de 40 segundos – O fato marcante desta sexta foi uma disputa particular entre as duplas Carlos Sainz/ Lucas Sebastian e Nasser Al Attiya/ Timo Gottschalk, ambos correndo com o Touareg (Foto acima), da Volkswagen. Mas, esta foi a vez do piloto catarense e do navegador alemão levar a melhor sobre a dupla espanhola. “Foi uma boa especial, e estou feliz porque deu tudo certo. Ganhamos o dia, mas não foi fácil, esperamos continuar com o mesmo rendimento. Estou gostando do rally e do Brasil, é um país bonito e de gente muito simpática”, elogiou o catarense. “Para quem quer ir bem no Dakar, o Sertões é fundamental. É uma competição longa e que dá uma ótima preparação”, completou Al Attiya.
Carlos Sainz, porém, não desanimou. “A etapa foi boa e não tivemos problemas, estou contente. Foi uma especial dura, tivemos um pouco de tudo pela frente. Vamos largar atrás do Nasser e espero poder recuperar o tempo perdido. Até aqui tenho achado o Rally bastante difícil, mas estou confiante”, explicou.
A boa surpresa de ontem ficou por conta dos brasileiros Maurício Neves e Eduardo Bampi, também do Touareg Volkswagen. Por não ter cumprido o especial da quinta (26), a dupla tupiniquim acelerou forte para recuperar um pouco do tempo perdido. “Passamos 15 carros hoje. Foi um dia tenso porque a poeira também é sempre um grande complicador. Mas acho que voltamos para a briga, e o pódio volta a ser possível”, ponderou Maurício. “Tenho total confiança na equipe e no (Eduardo) Bampi, fizemos uma especial fantástica hoje. O carro me surpreende a todo momento, ele aceita todos os desafios. A gente está na briga”, garantiu o piloto brasileiro.
Segurança – Nos caminhões, Edu Piano (Ford 4000) continua na frente, mesmo em uma etapa com quilometragem reduzida. Devido a questões de segurança, a organização decidiu diminuir a especial para os grandes veículos em cerca de 150 quilômetros. O time Amable Barrasa/ Guilherme Petrine/ Raphael Bettoni, que também compete com o Ford F4000, ficou na segunda posição do dia, seguido por André Azevedo/ Maykel Justo/ Ronaldo Pinto, com o Mercedes-Benz Atego 1725. “Foi um dia muito quente e o trajeto era travado, então o desgaste é maior para o piloto. Mas como até hoje o rally valia para o Campeonato Brasileiro decidimos não forçar demais nosso Atego. A partir deste sábado é que iremos acelerar de verdade”, explicou Azevedo, que também ocupa a terceira posição no tempo acumulado.