A Top Race, competição de carros gran-turismo, estreia nos 4.180 metros do Circuito Anhembi, na Zona Norte de São Paulo, que também recebe os pilotos da Fórmula Indy neste fim de semana.
Para o piloto Sérgio Jimenez (GFS Software/Ciao/MercadoRace), a expectativa sobre o comportamento da Mercedes SLS AMG que divide com Paulo Bonifácio, é alta.
“Correr no Anhembi vai ser muito legal por causa do público, que deverá ser o maior da categoria no ano. E o maior desafio será não bater, já que em pistas de rua há menos áreas de escape do que há normalmente em um autódromo. É uma pista de baixa velocidade com uma reta muito longa de 1.500 metros, que é a maior do calendário da Indy e também de qualquer pista brasileira”, aponta.
O traçado urbano do Anhembi reúne características muito distintas. É considerado um circuito de baixa velocidade média, com suas 11 curvas. O ponto alto é a reta da Marginal, com 1.500 metros de extensão – a maior de todo o calendário da Fórmula Indy.
“Estou curioso para saber a velocidade que iremos alcançar nesta reta. Em Curitiba, que tem uma reta de pouco mais de 800 metros, nós chegamos uma vez a 262 km/h. Aqui no Anhembi, o restritor de ar do motor será liberado, o que significa cerca de 40 cavalos a mais para o nosso motor”, explica Sergio sobre o carro, cujo motor V8 deve ter um total de 640 cavalos de potência. “Em uma reta de um quilômetro e meio, creio que deveremos alcançar uns 275 km/h”, prevê.
Hexacampeão brasileiro de kart, Jimenez pondera que a velocidade mais alta deve trazer mais desgaste de pneus. “Teremos poucos treinos, então vamos trabalhar para ver como isso vai funcionar. Nosso carro é o mais pesado da categoria; além disso, o motor fica localizado na frente, o que em curvas de baixa velocidade traz uma tendência de escapar de frente.”
“O desafio é conseguir ser muito rápido na reta, que é onde acontecem as ultrapassagens, e um acerto bom o suficiente também no trecho lento. Segundo a organização, a pista melhorou em relação a 2011 porque foram eliminadas as ondulações, especialmente nos trechos onde o asfalto se encontra com o concreto do Sambódromo. Isso vai fazer a pista ser mais rápida do que foi nos anos anteriores”, conclui.
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