A rivalidade Brasil e Argentina tem, há algum tempo, ultrapassado as linhas dos campos de futebol. Recentemente, os dois países viveram intensamente a partida válida pelas oitavas-de-final do mundial de basquete masculino. Com a bola laranja “nostros hermanos” levaram a melhor. Em novembro, Sérgio Jimenez (GFS Software) terá a chance de dar o troco, em território rival.
O piloto da Scuderia 111 da Copa Montana recebeu o convite da equipe de fábrica da Fiat para disputar os 200 quilômetros de Buenos Aires, tradicional prova da temporada da TC2000, principal categoria do automobilismo argentino. O nome do hexacampeão brasileiro de kart surgiu a partir da indicação do argentino Ignacio Char, que correu com Jimenez na Fórmula 3 Espanhola.
“Eu comecei a falar com o Ignacio, com quem corri na Espanha. Ele me procurou para correr esta prova longa. A partir daí, ele me colocou para falar com o pessoal da equipe de fábrica da Fiat da TC2000. As conversas evoluíram e fechei para correr os 200 quilômetros de Buenos Aires. Na Argentina o automobilismo é muito forte, pois as montadoras investem bastante em algumas categorias argentinas. Vai ser muito legal disputar esta corrida pela primeira vez”, relatou.
Acostumado a competir em carros com tração traseira – kart, monopostos e Copa Montana -, o paulista se mostra ansioso para experimentar o Fiat Linea com o qual competirá no dia 7 de novembro no traçado número 12 do autódromo Oscar Alfredo Gálvez, que tem 5.641 metros de extensão. Ele fará um treino na próxima terça-feira (21), no próprio circuito da capital argentina.
“Estou bem animado. Vai ser uma experiência nova para mim, por ser um carro com tração dianteira. Este treino de terça-feira vai ser bom para começar a me adaptar ao carro para a corrida, que vai ser só no dia 7 de novembro”, disse.
Jimenez tentará ser o terceiro brasileiro a triunfar nos 200 quilômetros de Buenos Aires. Em 2005, Luciano Burti foi o primeiro piloto do país a vencer a prova, ao lado do argentino Oscar Aventín. No ano passado, foi a vez de Ricardo Maurício ganhar a corrida tendo Norberto Fontana como companheiro. Ricardinho foi um dos pilotos que Sérgio procurou para saber mais informações a respeito do carro da categoria.
“Falei com alguns pilotos que correram lá, como o Daniel Serra e o Ricardo Maurício. O carro da TC2000 é um carro que tem 315 cavalos, quase igual ao carro da Copa Montana (que tem 350 cavalos), com o qual corro aqui. Minha única preocupação era com o fato de o carro ter tração dianteira e perder um pouco de tração em algumas curvas em que o pneu dianteiro perde contato com o asfalto. Mas quem já correu lá me disse que o carro tem um equilíbrio muito bom que, quando entra na curva, ele ‘gruda no chão’. Estou ansioso para pilotar o carro, que parece ser muito bom”, analisou.