No céu, um sol de 33 graus; algo que chega a ser comum, levando em conta que o Brasil é um país tropical, assim como a temperatura de 50ºC no asfalto, que chega até a queimar os pés descalços. Mas os pilotos da Stock Car vão se deparar com o “aditivo extra” de 60°C dentro de seus cockpits, quando alinharem para a oitava etapa da temporada, em Campo Grande.
Equipados com roupas anti-chama, sapatilhas, luvas, macacão, balaclava e capacete, o piloto se sente dentro de uma sauna, mas uma seca, levando em conta que a umidade relativa do ar na capital sul-mato-grossense ficará em torno de 30%. “Vai ser muito calor e seco, um desgaste muito grande, os batimentos aceleram e o piloto acaba perdendo muito líquido”, comenta Antonio Jorge Neto, do RZ Corinthians Motorsport.
“Em um calor mais úmido é mais agradável. Devemos andar em torno de 60ºC dentro do carro, o que, realmente, é uma grande sauna!”, destaca o vice-campeão de 2006, que aponta um problema a ser considerado por causa do calor, mesmo com a pista do Circuito Orlando Moura recapeada. “O desgaste dos pneus também serão um dos problemas que teremos que lutar e administrar durante a etapa”.
Mesmo com o fuso horário de uma hora a menos, o calor deve bater a casa dos 36°C na sexta-feira, primeiro dia de atividades. O sábado, assim como o domingo, terá os termômetros batendo 33°C. A etapa de Campo Grande, oitava e última da fase de classificação para o playoff final, acontece às 11h (de Brasília).