“Uma pena… Era o dia…”. Desta forma o amazonense Antonio Pizzonia, da equipe Hot Car Competições (Agecom/Bardahl), lamentou seu abandono neste domingo (dia 5) na Corrida do Milhão, 7ª etapa da temporada da Copa Caixa Stock Car, realizada em Interlagos (SP). Largando em 11º lugar, ele deu um show nas ultrapassagens e chegou a assumir o segundo lugar em poucas voltas. Um problema na bomba de combustível e uma batida que arrancou o seu extrator, no entanto, impediram o piloto de ir além.
Numa corrida cheia de emoções, rodadas, batidas e punições, quem levou a melhor e faturou o prêmio de 1 Milhão de Reais foi o paulista Ricardo Maurício. O pole Marcos Gomes chegou em segundo e o líder do campeonato, Átila Abreu, foi o terceiro, completando um pódio 100% paulista.
O paranaense Ricardo Sperafico, companheiro de Pizzonia nesta etapa, também não completou a prova. Após uma batida, ele teve o radiador furado e não conseguiu continuar.
Logo na largada, Pizzonia ganhou duas posições e já fechou a primeira volta em oitavo. O piloto veio mantendo um ritmo forte e, se aproveitou de duas relargadas, após a intervenção de Safety Car, para dar um show. Na primeira relargada, passou três carros. Na segunda, ganhou mais uma posição e assumiu o segundo posto.
“Tive que usar muito a cabeça durante todo o tempo em que estive na pista. Eu tinha um plano e estava preparado para todas as situações. Vim fazendo o contrário dos que estavam a minha frente, indo mesmo contra a lógica. Se eles tentavam passar por um lado, eu ía pelo outro, se usavam o nitro, eu guardava o meu. Estava mais preocupado com a estratégia, a matemática e usando a minha experiência do que com o carro”, contou Pizzonia.
“Sabia que eu precisava de um pouco de sorte, porque estava largando lá atrás, tinha de me livrar de acidentes e depois era tudo estratégia. Estava muito confiante para ir pra cima do primeiro colocado. Vinha economizando combustível, pensando no que ainda tinha pela frente. Mas, assim que assumi o segundo lugar, o carro começou a falhar e a pressão de combustível caiu”, continuou o amazonense.
Com a falha, Pizzonia levou um toque na traseira do carro, o que tirou o seu extrator e impediu o piloto de continuar. “Na pior das hipóteses, estaríamos no pódio. Mas corrida é assim… Acontece…”, lamentou o piloto, que ganhou uma festa surpresa nos boxes. “Esse ano, enfrentamos muitas dificuldades. Acho que de sete provas, quebrei em quatro. Nenhuma houve falha da equipe, sempre falha mecânica, de alguma peça que é fornecida… Mas agora temos de erguer a cabeça e continuar. Bola pra frente”, completou o piloto, que conquistou um pódio este ano, o terceiro lugar em Ribeirão Preto.
Sperafico, que substituiu Betinho Gresse na equipe Hot Car, também explicou o problema que o deixou de fora da prova. “No primeiro Safety Car, o carro da minha frente freou e não deu para segurar. Não bati forte, nem danificou muito o carro, mas o assoalho deste carro furou o meu radiador e não deu para continuar. O carro estava bem equilibrado e acho que poderíamos ter um bom resultado durante a corrida”, contou.
Muito emocionado, o chefe da equipe, Amadeu Rodrigues, agradeceu todo o trabalho dos mecânicos e engenheiros, que poucas horas dormiram nos últimos dias, trabalhando em busca de um bom resultado para o time. “Acho que o importante é que ficou bem claro que temos um carro bom. A prova disso foi a corrida do Pizzonia hoje”, finalizou.