O britânico Lewis Hamilton, campeão de 2008, vence em Cingapura e figura entre os favoritos para o Grande Prêmio do Japão.
Durante todo o fim de semana Lewis Hamilton mostrou que estava com sua McLaren equilibrada o suficiente para permanecer à frente de todos os 19 pilotos no Grande Prêmio de Cingapura de Fórmula Um, disputado na noite de domingo (27) (horário local, manhã no Brasil) no circuito de rua da cidade estado asiática.
No alinhamento do grid, raios no céu cingapuriano anunciavam uma possibilidade de chuva, mas que não se confirmara até a bandeirada final com Hamilton em primeiro; Timo Glock, em segundo; e Fernando Alonso, em terceiro. Rubens Barrichello foi o sexto colocado logo atrás de Jenson Button, o quinto, e Vettel, o quarto.
A Corrida.
Na largada Barrichello arriscou e conseguiu sair da décima para a sétima colocação disputando com kovalainen as primeiras curvas. As voltas iniciais foram decisivas para a estratégia do brasileiro que tinha de se manter na frente de seu companheiro de equipe Jenson Button, com quem disputa o título do mundial de pilotos.
Hamilton, que fez a sua terceira pole consecutiva, pulou na frente dando início a sua corrida vencedora. O piloto sabia que era decisivo acelerar bem para ter vantagem no reabastecimento e troca de pneus, e foi isso que fez.
Vettel e Glock (foto) também tinham grandes pretensões na prova. O alemão da Red Bull chegou a forçar em cima de Hamilton, mas foi punido por excesso de velocidade nos boxes e tendo que abandonar a idéia de figurar no lugar mais alto do pódio.
O ritmo adotado por Rubens permitiu ao piloto abrir uma vantagem de 9 segundos em relação ao inglês, antes da primeira parada nos boxes. Barrichello largara com 655. 5 kg,, 27,5 kg a menos que Button, Assim teve de parar na volta 19, enquanto Jenson permaneceu mais tempo na pista até o reabastecimento.
Depois dos primeiros pit stop’s Hamilton permaneceu em primeiro. Na volta 20 Heidfeld acabou tocando na Force India de Abriam Sutil, que ao tocar em uma Toro Roso rodou deixando seu carro atravessado na curva, atingindo assim o alemão da BMW. Resultado: safety car na pista.
Nos boxes, a Brawn GP chamou Button para reabastecer e trocar pneus, o que daria a ele uma vantagem na disputa com Barrichello, na última parte da corrida. O líder do campeonato ficou apenas a um carro atrás de Barrichello.
O espanhol Jaime Alguersuari provocou um pequeno acidente ao sair antes de terminado o reabastecimento, derrubando o mecânico responsável pelo combustível, mas sem nenhuma gravidade.
Atrás do safety car, Nico Rosberg via sua corrida ir para o vinagre. Após ter se mantido no segundo lugar o alemão, ao sair dos boxes, desrespeitou o traçado determinado pela direção da prova. Com isso teria de fazer um “drive trough” (passar novamente pelos boxes sem ter direito a assistência dos mecânicos). Nico abandonava o sonho de vencer em Cingapura, após ter chegado em segundo, ano passado, na controversa vitória de Alonso.
Iluminada por um eficaz sistema de lâmpadas, o traçado de 5.067 metros exige muita atenção dos pilotos e uma forte exigência do câmbio e dos freios. E foi justamente o sistema de frenagem que atrapalhou a corrida de alguns pilotos e preocupou vários outros durante as 61 voltas.
Mark Webber abandonou após bater na proteção do muro em razão da quebra do disco de freio dianteiro direito. Seu colega na Red Bull, Sebastian Vettel, também sofreu com o problema e teve de se contentar com o quarto lugar.
Após a batida do australiano, a Toro Roso, uma espécie de equipe “satélite” da Red Bull Racing, recolheu seus dois carros. Aos freios, de acordo com as primeiras informações, também fora atribuído o abandono da prova pela equipe.
E faltando poucas voltas para o final Jenson Button teve de tirar o pé do acelerador, por ordem do chefão Roos Brawn, que mostrava preocupação com os freios do carro do inglês. Com isso Barrichello, que estava atrás de Button aumentou o ritmo e chegou a baixar dois segundos em uma volta, ficando a quatro segundos de seu rival. A reação do brasileiro também teve de ser contida pelo mesmo motivo: falha nos freios. Com isso Barrichello ficou com mais um ponto atrás na briga pelo título. O piloto inglês passa a ter 15 pontos de vantagem para Rubens.
Quem também brilhou na prova foi o espanhol Fernando Alonso, que adotou uma boa estratégia e tirou proveito aproveitou das punições a Nico Rosberg e Sebastian Vettel. Alonso marcou ainda a volta mais rápida da corrida com 1:48.240 (volta 53).
Os 14 pilotos que chegaram ao final da corrida foram:1. Hamilton; 2. Glock; 3. Alonso; 4. Vettel; 5. Button; 6. Barrichello; 7. Kovalainen; 8. Kubica; 9. Nakajima; 10. Raikkonen; 11. Rosberg; 12. Trulli; 13. Fisichella; e 14. Liuzzi. A próxima etapa da Fórmula Um será domingo que vem, dia quatro de outubro, no circuito de Suzuka, Japão. (RL). Fotos:McLaren/Toyota-F1/Williams F-1/Brawn GP/Divulgação.
Veja a classificação final com imagem da cronometragem oficial da Federação Internacional de Automobilismo – FIA: