Irlanda, Noruega, Chipre, Portugal, Argentina, Itália, Grécia, Polônia, Finlândia, Austrália, Espanha, Grã-Bretanha, Mônaco, Quênia, Bélgica, Rússia, República Tcheca e Japão. Dezenove países. Alguns recebem apenas um, outros recebem os dois ralis internacionais promovidos com a supervisão da Federação Internacional de Automobilismo, a FIA. E o Brasil não recebia nem um, nem outro. Estava fora dessa lista havia um bom tempo. A espera terminou em 2009. Pela primeira vez na história, o Intercontinental Rally Challenge, o IRC, vai passar por aqui.
A segunda etapa desta temporada está marcada para os dias 6 e 7 de março em Curitiba. Será uma oportunidade histórica para os fãs brasileiros verem de perto alguns dos melhores carros de rali do mundo. Que pelo que se comenta no exterior são a plataforma dos modelos que o irmão mais velho e famoso do campeonato, o World Rally Championship, ou WRC, deve adotar a partir do próximo ano. Apesar da diferença de equipamento e principalmente de idade (o IRC está apenas na quarta temporada), ambos se assemelham pelas dimensões.
São dois ralis mundiais, com o ineditismo do IRC no Brasil como grande atração, já que o WRC já esteve por aqui em competições extra-campeonato e disputas oficiais em 1981 e 1982. Com a introdução do Brasil no calendário, aliás, o IRC ganha força internacionalmente e já alcança quatro continentes, enquanto o WRC passará por três em 2009. Foi considerando a importância da entrada do país no calendário que o ex-piloto Marcos Marcola se juntou neste trabalho ao prefeito Beto Richa e ao organizador do Rally da Graciosa, Anderson Nobre.
O objetivo de incluir o Brasil na programação do IRC foi atingido em dezembro do ano passado. O que deu até um novo nome ao 29º Rally da Graciosa – agora chamado Rally Internacional de Curitiba. A prova terá a presença dos principais pilotos da categoria e equipes oficiais de fábrica. Depois da primeira etapa disputada sob asfalto e neve em pleno inverno europeu, com o Rally de Monte Carlo, em Mônaco, agora os desafios serão a poeira e o cascalho. Numa prova preparada com 13 especiais, divididas em sete trechos diferentes, percorridos em dois dias.