De nada adiantou a Bruno Senna conquistar o quarto lugar na Super Pole do e-Prix de Berlin, oitava etapa da Fórmula E, naquela que seria sua melhor posição de largada em dois anos no Mundial de Carros Elétricos. Com a pressão dos pneus fora das especificações, de acordo com a verificação dos comissários técnicos, os carros das Mahindra perderam seus tempos e Bruno e seu companheiro Nick Heidfeld, que sairia em 5º, foram obrigados a partir da 15ª e 16ª posições, comprometendo irremediavelmente a corrida. Envolvido em acidente logo na primeira volta, Bruno ainda perderia duas voltas para reparos nos boxes e terminou na mesma colocação. O suíço Sébastien Buemi venceu, reduziu para apenas um ponto a diferença para o líder Lucas di Grassi, o terceiro na prova, e ambos decidirão o título no mano-a-mano da rodada dupla final de Londres no início de julho.
Bruno reconheceu a justiça da punição e lamentou o alto preço pago numa corrida em que tinha grandes possibilidades. “Estávamos com a pressão 0,1 abaixo do mínimo. Nada que fizesse diferença em termos de desempenho, mas a regra é essa. Foi uma pena porque, com o ritmo que demonstramos, daria para chegar ao pódio. Os trabalhos que fizemos nas suspensões estão dando resultado e o nosso ritmo era excelente. Nosso consumo de energia também foi muito bom. Hoje, acredito que nossa eficiência energética já está ao nível das melhores equipes”, comentou Bruno, que como prêmio de consolação cravou a volta mais rápida e garantiu os dois pontos de bonificação.
Saindo da penúltima fila, Bruno ainda ficou com a vida mais complicada depois de acertar a traseira do carro do alemão René Rast, estreante do dia. “O Qing Ma estava causando desde a largada. Quase dei no meio dele. Fui obrigado a desviar para não acertá-lo e acabei batendo no Rast”, explicou. Se o desfecho esteve longe do potencial revelado pelo carro ao longo do sábado – Bruno foi o segundo mais veloz na primeira parte do qualifying, com a segunda melhor volta do dia -, o e-Prix de Berlim serviu ao menos para injetar ânimo novo em relação à despedida do calendário na capital inglesa. “O carro ganhou aderência nas curvas de baixa. Acho que vamos ser competitivos também em Londres”, concluiu Bruno, que se manteve na 11ª colocação do campeonato de pilotos.
Texto: Divulgação
Foto: Shivraj Gohil/MF2/Arquivo
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