Quando batemos o olho em alguma estatística do automobilismo, não é raro encontrarmos o mesmo sobrenome dividindo a tabela de vitórias, poles ou títulos de determinada categoria. Seja no kart, em monoposto, turismo ou até mesmo na Fórmula 1, o envolvimento familiar numa competição cria laços tão fortes que faz com que outros membros sigam o mesmo caminho. Senna, Piquet, os irmãos Fittipaldi e os Schumacher, Hill, Villeneuve, Andretti, Gomes, Serra, entre outros, fizeram história nas pistas do Brasil e do mundo.
Na F4 Sul-americana não é diferente. E não é apenas um piloto que mantém a tradição de uma família nas pistas do continente. São dois! Os irmãos uruguaios Diego e Nicolás Muraglia, de 19 e 21 anos, respectivamente, foram contagiados pelo automobilismo desde pequenos, quando frequentavam a oficina do pai, Jorge Muraglia, na capital Montevidéu, no Uruguai. Claro que Muraglia pai tem um histórico no esporte daquele país, já que correu em categorias como Fórmula Vee, Turismo Nacional Uruguaio, Fórmula Renault 1.4 e também na Fórmula 3 Sul-americana.
“Na realidade, a história familiar no automobilismo começa com meu pai, avô dos meninos, que já era piloto”, relatou Jorge Muraglia, que não deixou os filhos ingressarem no kart, ponto de partida na carreira de qualquer piloto. “O esporte a motor é muito complexo. Envolve muito dinheiro e depois o piloto tem que começar praticamente do zero nas categorias do automobilismo. O kart é importante, sim, mas no meu modo de ver depende do que cada um quer fazer na carreira”, explicou.
Diego e Nicolás bem que queriam, mas seguiram as orientações do pai e foram direto para o automobilismo. O irmão mais velho iniciou na Fórmula Vee, passando pela F4 Uruguaia até chegar na F4 Sul-americana. O mais novo entrou direto na F4 Uruguaia, antes de seguir para a categoria continental. “O sistema de monogestão da F4 Sudam é muito importante para os jovens pilotos, pois temos acesso a tudo. Podemos ver a câmera dos outros pilotos, analisar a telemetria e seguir aprendendo”, afirmou Diego. “Além disso, os carros são ótimos, bons de guiar e não perdem rendimento no decorrer de uma corrida. Estamos contentes”, complementou Nicolás.
Jorge Muraglia confirma a tese dos filhos. E vai além. “O ambiente que há na categoria é muito bom. Não apenas pelo lado profissional, mas também pelo pessoal. É uma gestão que beneficia o jovem como um todo”, finalizou. Após duas etapas realizadas – quatro corridas -, Diego ocupa a sexta posição no campeonato, com dois pódios conquistados. Nicolás é o décimo colocado. Ambos ainda buscam a primeira vitória na temporada, mas seguem com seus objetivos bem claros: ganhar experiência e manter a tradição da família Muraglia no automobilismo uruguaio.
Texto: MediaOne Communicaciones
Fotos: Divulgação
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