Acompanhe no Carros e Corridas mais uma coluna do piloto Helio Castroneves.
Oi galera! Nesta quarta-feira, 2, já estou de volta aos Estados Unidos com um sentimento de dever cumprido na nossa São Paulo Indy 300. Chegar em 4º lugar no Circuito Anhembi, depois dos problemas que tive no sábado, teve sabor de uma vitória, tamanho o esforço que foi feito por todos nós do Penske Logistics Team para superar o incômodo 20ª tempo no Qualifying e quase conseguir o pódio.
Correr no Brasil é mais do que um privilégio e eu só tenho a agradecer o apoio da torcida, que o tempo todo esteve incentivando os brasileiros. Essa energia do fã é muito positiva e é um elemento adicional a nos motivar. Foi muito legal conhecer o Maurício e o Renan, fãs que estiveram conosco de maneira especial e foi divertido demais levar o Will Power e o Ryan Briscoe para conhecer o Mercadão e saborear o Pastel Castroneves.
Na pista, no primeiro treino de sábado começamos bem, pois testamos ajustes que permitiram um ganho de performance ainda no segundo treino. Foi nessa fase que aconteceu o acidente. Eu estava buscando uma volta boa e procurei frear um pouco mais tarde. O carro escapou, o que é normal quando estamos buscando aferir os limites do carro. Acontece que as zebras no Esse do Samba são altas demais. Eu já falei, já dei sugestões, já pedi, mas não adianta. A zebra continua imprópria, pois vira uma rampa de lançamento.
Justiça seja feita. Isso está assim não por culpa da prefeitura, mas porque o próprio pessoal técnico da IndyCar determinou que fosse feito assim. Então, lá fui eu lançado para o muro e a suspensão foi afetada. Embora o meu pessoal tenha sido fantástico na troca do conjunto, foi impossível fazer os ajustes necessários naquele pouco tempo de Q1. Tentei fazer uma volta a melhor possível assim mesmo, mas sem arriscar para não haver outro acidente.
Na corrida, a coisa foi diferente. Adotamos logo de início a estratégia de três paradas e eu fui um dos primeiros a parar. O trabalho de pit foi perfeito e as adaptações que foram feitas durante a prova funcionaram muito bem. Estava realmente empenhado em pelo menos conquistar o pódio, mas na penúltima relargada o Takuma Sato deu uma de kamikase e enfiou o carro dele entre o meu e o do Dario. Foi por um triz que não houve uma confusão.
Mas são coisas de corrida e o importante é que consegui manter a vice-liderança, depois de uma boa apresentação diante do público brasileiro. Agora é pensar na Indy 500, mas antes disso vamos testar no oval do Texas. Abração a todos, obrigado demais pelo apoio e vamos que vamos! Estou no press@heliocastroneves.com e será um prazer receber as mensagens de vocês.
*Coluna publicada originalmente no jornal Metro, reproduzida por Carros e Corridas sob autorização”
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Fotos: Castroneves Racing/Divulgação.