Nesta segunda (8) o país celebrou o aniversário de um de seus mais desafiadores circuitos. Em oito de novembro de 1970, o Rio Grande do Sul, ganhava seu primeiro autódromo completamente asfaltado, dando início e dá início a uma nova fase na velocidade no estado. As corridas abandonam as estradas e os pilotos e equipes ganham uma nova casa.
Tarumã abriu o caminho para que se formassem gerações de pilotos, preparadores e fãs no Rio Grande do Sul, como lembra a associação de Pilotos e Preparadores do Rio Grande do Sul, formada em uma pista em que a regra é andar forte. Muitos tem medo, mas todos o respeitam. Desafiador, exige o melhor. Melhor piloto, melhor preparador, melhor motor, melhor chão, melhor conjunto, senão o tempo não vem. O autódromo, que tem alma própria, cobra caro por erros e desacertos. Sua fama de vingativo vai longe e espanta os menos corajosos ou os que tem apenas dúvidas.
Quem tem coragem se encanta com a velocidade pura na mais clara acepção da palavra corrida. Tarumã é um sobrevivente de uma era diferente, onde tudo era mais divertido e perigoso. O hoje quatentão evoluiu, tem áreas de escape maiores, ficou mais seguro, mas a sensação de velocidade e desafio é a mesma.
Pilotos e prepradores forjaram seus nomes nos 3016 metros de Tarumã. Ficaram famosos por encontrarem algum atalho ou acertinho que fez a diferença. E não há nenhum piloto que não diga que não existe prazer maior do que fazer a Curva Um flat. Pé no fundo sentindo o carro escorregando e armando a chegada na Dois.
Com texto de Erlon Radl – APPA/RS