O GP da China foi uma das mais animadas e disputadas corridas dos últimos anos, com diversos líderes, inúmeras ultrapassagens e, inevitavelmente, indecisão quanto ao resultado final da prova. Tudo isto com o piso seco. Agora no papel de piloto de reserva da Lotus, Karun Chandhok considera que a corrida em Xangai foi uma das melhores dos últimos anos.
“O GP da China no seu todo foi uma das melhores corridas disputadas em seco da Fórmula 1 moderna. Desde o GP do Japão de 2005 que não via tantas ultrapassagens e ação entre os líderes”, escreveu Chandhok na sua coluna para o site ‘Espnf1.com’. O ex-piloto da Ocean Racing Technology na GP2 destacou, no entanto, o grande trabalho realizado pela equipe McLaren, em especial nos momentos que antecederam a corrida.
“Estava vendo os monitores de televisão na garagem da Lotus enquanto toda a gente estava de saída para o grid de largada. As câmaras rondavam a McLaren número 3; o Martin Whitmarsh (chefe da McLaren) estava com ar pensativo, Phil Prew (engenheiro) com a mão no botão do rádio, informando constantemente o seu piloto e fazendo, presumivelmente, uma contagem final para o fechamento do pit-lane. Os mecânicos arrancavam enormes pedaços de papel para ensopar o combustível que estava escorrendo pelo motor e pela lateral do carro. Em todo este tempo, aquele capacete amarelo permaneceu no seu lugar, olhando calmamente e confiando que a equipe várias vezes campeã seria capaz de lidar com a crise em mãos. Com 40 segundos para o fechamento do pit-lane, a McLaren saiu da garagem (…)”.
“Avançando quase 24 horas, estava sentado na sala de embarque do Aeroporto de Pudong, coincidentemente rodeado de mecânicos e engenheiros da McLaren. Já fazia algum tempo desde os problemas do pré-grid e, apesar de uma boa noite de celebrações, entretanto, era claro que ainda existiam muitas histórias para compartilhar. Histórias de mecânicos que correram para o grid com os dois últimos pedaços da carroceria para cobrir a suspensão traseira ou apertar os parafusos apenas o suficiente para que o carro fizesse a volta até o pré-grid e acabar o trabalho aí; claramente, este era o primeiro momento de reflexão que tinham. Eles, enquanto equipe, tinham ganhado o GP da China, porque se tivessem demorado mais 30 segundos e o Lewis teria sido obrigado a começar do pit-lane e provavelmente não teria conseguido uma das melhores vitórias da sua carreira”, escreveu Chandhok no site ‘Espnf1.com’.
Fonte: F1Mania.net – redacao@f1mania.net