Lucas Di Grassi analisa suas expectativas para as seis últimas corridas da temporada da ABB FIA Fórmula E em Berlim e suas idéias sobre como o planeta deve enfrentar os desafios ambientais após a pandemia do coronavírus.
O piloto brasileiro, campeão 2016/17 da série de carros elétricos, já está na Alemanha esperando o mês de agosto, quando a Fórmula E disputará seis corridas em nove dias (nos dias 5 e 6, 8 e 9 e 12 e 13) no antigo aeroporto de Tempelhof, em Berlim, para encerrar a temporada 2019/20.
“É uma temporada muito atípica, muito diferente das outras que participamos. O fato de termos conseguido esse bloco de 6 corridas em Berlim vai ser o suficiente para terminar o campeonato, que é o que precisávamos. Já fizemos 5 provas em diferentes localidades e agora vamos terminar o bloco, terminar essa temporada em Berlim, da forma que der. Porque estamos correndo atrás do prejuízo. E tentar focar no campeonato mundial do ano que vem depois que essas corridas tiverem terminado em agosto”, disse o piloto da Audi Sport ABT Schaeffler.
A capital alemã traz boas lembranças para Di Grassi, que conquistou a vitória em Berlim em maio passado, além de contar já com outros três pódios e uma pole position em Tempelhof.
“Em Berlim nós sempre tivemos bons resultados, tanto eu quanto a Audi. Praticamente sempre estivemos no pódio nas corridas, mas é muito difícil conseguir prever o que vai acontecer. É outra temporada, outro carro. A DS está muito forte, a Jaguar está muito forte, a BMW… vamos fazer o possível para tentar mais pódios e vencer “, afirmou.
Di Grassi chega a Berlim em quinto lugar no campeonato, 29 pontos atrás do líder, António Félix da Costa, de modo que suas expectativas de lutar pelo título até o fim permanecem intactas.
“A distância para o líder do campeonato não está tão grande, cerca de 30 pontos. E se pensarmos que tem 180 pontos em jogo, vamos poder ir pra cima e fazer o possível para tentar conseguir o máximo de pontos e tentar vencer o campeonato. Esse é o objetivo final: vencer. E se não vencer, tentar fazer o melhor possível”, diz Di Grassi, analisando as chances de obter a segunda coroa na Fórmula E.
Em relação aos desafios envolvidos nas seis corridas em apenas nove dias, Di Grassi alerta que a forma física e mental será essencial.
“6 corridas em 9 dias, nunca aconteceu isso… ainda mais com a Fórmula E que é muito estressante o dia. Você começa já tem o treino, classificação e corrida, tudo no mesmo dia. É muito mais estressante mentalmente e eu tenho certeza que depois na quarta, quinta, sexta corrida o pessoal vai estar cansado. Tanto os mecânicos, engenheiros e pilotos. Eu vou tentar chegar na minha melhor forma física para conseguir um bom resultado.”
Zero Summit, a iniciativa de Lucas Di Grassi para o meio ambiente
Além de sua atividade como piloto profissional em uma das séries mais competitivas do mundo, como a Fórmula E, Lucas Di Grassi trabalha para melhorar o meio ambiente há vários anos e atualmente está realizando a iniciativa Zero Summit, que ele criou para promover a sustentabilidade no Brasil e no mundo.
“Para mim a solução sustentável que ser comercialmente viável. Não adianta você chegar num país que a população é muito pobre, como o Brasil e a Índia e falar: agora todo mundo tem que usar painel solar, se o painel solar é mais caro. Nao funciona. Então existe uma série de tecnologias. Por exemplo, visitamos um escritório que usa plantas para filtrar o ar e para deixar o ar menos poluído, cujo custo é relativamente quase zero e super sustentável”.
“Existem várias empresas que acharam ideias, tecnologias e negócios que podem ser utilizados em países em desenvolvimento e ao mesmo tempo, melhorar o meio ambiente. Essa é a ideia do Zero Summit, trazer essas ideias do mundo, os investidores de diversas partes do mundo, num lugar e gerar um networking focado nessas tecnologias”, explicou o brasileiro.
O Zero Summit acontecerá de 14 a 16 de novembro de 2020 na São Paulo Expo.
Texto e Fotos: Fórmula E.
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