Por Robério Lessa – Direto do Eusébio – Nascida no Eusébio, a chamada “Cidade Velocidade do Ceará”, Taynã do Vale chamou a atenção do público que compareceu ao primeiro Track Day de Motos de 2015, realizado neste domingo (18), no Autódromo Internacional Virgílio Távora, localizado na cidade do Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza-CE).
Em sua moto Kawasaki Ninja 300, que ganhou no aniversário de 15 anos, quando decidiu abdicar da tradicional festa que a maioria das meninas deseja, Taynã aproveitou cada segundo das quatro baterias da categoria novatos, depois de um ano sem andar no autódromo cearense.
Aos 12 anos ela participou de um curso de formação de pilotos da AGB Racing School, com o instrutor Alzenraile Galdino Bezerra, decidiu ingressar no mundo das competições de motovelocidade. Em junho de 2014 disputou a primeira etapa do Racing Day Nordeste na categoria 300 cilindradas, depois disso, teve de se contentar em andar na garupa da moto de seu pai Tarcísio do Vale (Tarcísio da Cultura) por conta da proibição de se realizar corridas de motos com cilindradas acima de 125 cilindradas no autódromo do Eusébio.
Como no track day há limitação da pista em vários pontos com a colocação de cones para reduzir a velocidade, e por conta de seu caráter de formação de pilotos, onde há condutores guia em cada grupo que vai à pista, o evento foi liberado pela Federação Cearense de Automobilismo, que tem a sessão oficial do autódromo desde 2007, pela Secretaria do Esporte do Estado do Ceará. longe do meu pai, mas quando fui com ele a um passeio, aquilo mudou minha vida. Logo ele me colocou em um curso, aos 12 anos. Pedi a moto ao meu pai no lugar da festa de 15 anos, disse: Pai, me troco a festa de 15 anos pela moto para poder acompanhar o senhor nos passeios quando tirar a habilitação, e ele topou. Acho que as autoridades e federações deveriam abrir mais espaço para os track day, afinal, as pessoas vão aprender a guiar melhor e vai ter sempre gente interessada e aqueles que sabem andar melhor podem esticar mais a marcha e acelerar em um lugar seguro”, disse Taynã, que revelou descontentamento por não haver mais competição com motos de sua categoria.
“Não entendo tamanha burocracia. Ano passado estava aqui em junho na pista ao lado do José Duarte. De lá pra cá, nem ele nem eu pudemos sequer treinar. Somos de uma geração que adora motos de maior cilindrada e tem muitos outros que pensam assim também. Sinto falta das corridas, o track day ajuda a aplacar, claro, mas tem espaço para tudo porque esse autódromo ainda tem muita data ociosa e tem muita gente querendo correr. Cobram caro para abrir isso aqui e pouco oferecem pra gente, precisamos ter atividade aqui e uma melhora para movimentar esses espaço, que é público”, concluiu.
Texto e Fotos: Robério Lessa.
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