Mais do que uma pedra, os organizadores do Sealine Cross Country rally avisaram os competidores dessa prova que haveria muitas rochas no percurso da terceira etapa especial do evento. Em um dia marcado por alguns acidentes e incidentes geralmente provocados pelo piso extremamente irregular, a dupla do Divino Fogão Rally Team voltou a ser a mais eficiente na categoria T2 e conseguiu sua segunda vitória consecutiva em dois dia de competição, reduzindo para cerca de 20 minutos a diferença que os separa dos atuais líderes da categoria T2, a dupla Yahya Al-Helli/Khalid Al-Kendi. De volta ao ponto de partida, mais de quatro horas após a largada, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin celebraram o resultado, sendo que o piloto reforçava o clima de festa fazendo uma cobrança bem humorada aos dirigentes da Federação de Motor e Motociclismo do Catar:
“Eles deram o recado pela metade. Não havia muita rocha, havia muitas e muitas rochas…”
O piso bastante perigoso e de baixa aderência não poupou competidores, afetando em maior ou menos escala a grande maioria deles. Aos brasileiros coube uma dose regular de problema, obrigados que foram a trocar mais um pneu. Se desta vez o macaco principal funcionou a contento e permitiu levantar e abaixar o carro mais facilidade e em menor tempo, o forte calor acabou cobrando seu preço na operação, como explica Gustavo Gugelmin:
“A roda e o pneu estavam tão quentes que foi bastante difícil conseguir colocar o conjunto dentro do carro e fixa-lo corretamente, era quase impossível segurar essas peças. Nunca tinha passado por isso e para a etapa de amanhã vou levar um jogo de luvas especiais dentro do carro… Vai que fura outro pneu…”
Com o resultado desta feira a dupla brasileira larga para a última especial da prova disposta a anular a diferença de 23m25 que a separa da dupla Yahya Al-Helli e Khalid Al-Kendi, atuais líderes da categoria T2. A etapa será a menor das quatro que compõem a programação do rally e terá apenas 208,9 km concentrados em estradas de piso rochoso e poucas referências visuais.
“A combinação de piso rochoso e falta de referências é a maior característica desta prova”, explica Varela. “hoje, por exemplo, vários competidores locais, que conhecem bem a região, também foram vítimas dessas dificuldades”, completou o piloto.
Foto: Beepress/Divulgação.